Você já ouviu falar de ARVORISMO???

Heim? A mãe de quem?
Deve ter relação com árvores né?

Nossa, e como será isso?

Bem, eu recebi um convite de uma grande amiga, a Tati Moritz, para ir me aventurar nesta atividade, que aqui no nosso estado (RN) é realizada na chata, feia e sem graça Praia da Pipa.
A Tati, assim como eu, é Bióloga. Mas ela foi mais esperta e inteligente que eu e também cursou outra graduação, de Turismo, e foi beeeeem mais inteligente que eu e é concursada da UERN, onde ministra aulas no curso de Tursimo. Daí, esta atividade serviu como aula prática para a turma dela de Ecoturismo. Ah, além disso a Tati faz graduação em Dança na UFRN e dá aula de balett. Me mata de orgulho essa menina! Quando crescer quero ser que nem ela, rsrsrsrs.

Voltando ao nosso assunto do post.... Eis que lá fomos nós, para Pipa, às 6:30 de uma sexta-feira-feriado. Nós, outra amiga nossa, a Sdena (também Bióloga e mais inteligente que eu, porque é concursada-professora no Ceará), o Thiago, irmão da Tati , o pai dela, que eu não sei o nome =X (disfarça...rsrrsrsrs) e a divertidíssima turma de alunos dela.

Então.... 
A-R-V-O-R-I-S-M-O  ou arborismo:
(latim arbor, -oris, árvore + -ismo)

s. m.

[Desporto]  Actividade desportiva que consiste em fazer percursos em altura por entre as árvores.

Uau! Pra quem gosta de desafios, aventura e natureza é perfeito!

Me senti a pessoa mais do que certa para experimentar. Adoro desafios, natureza, aventura e adoro altura. Ainda mais depois que assisti a uma reportagem de uma rede de tv local. Estava mesmo doida para ir!  

Este é o circuito que fizemos.
São 12 postos (plataformas) e entre eles tem 10 obstáculos. Ao final a tirolesa de 300 metros sobrevoando a Mata Atlântica e finalizando o percurso.
Os obstáculos tem nomes sugestivos, como pinguela (com A no final, viu? ora, que mente suja!), pé de pato e falsa baiana. Aí vai da sua imaginação pensar em como será que funciona cada um deles....
Vendo assim na figura é uma beleza, super fácil né?
Mal sabia eu o sufoco que iria passar...

E eis que lá fomos nós, acompanhados dos guias Zulu e André, todos devidamente equipados e ansiosos, afinal, a hora marcada para início era 9:00 e saímos às 10:30.
Uma breve caminhada de 890 metros no meio da mata e chegamos ao ponto inicial.
Uma boa notícia aos arregões, medrosos, obesos, sedentários e sem resistência física que nem eu: no ponto 9 dá para arregar descer e ir direto para a tirolesa, sem passar pelos 2 últimos obstáculos.
Ufa! Já me senti mais segura. Pois é, já comecei pensando em desistir, tsc tsc. Mas era só no final, gente... eu tenho consciência das minhas limitações. Ora bolas.

E vamos ao circuito!
No início é até tranquilo, mas depois a altura vai aumentando, o cansaço vai aparecendo e os obstáculos vão piorando. Tá, depende do ponto de vista né? E de cada um.

Essa é a Pri, no primeiro obstáculo, a pinguela.

Minhas amigas, que foram umas das primeiras, lindas, magras e bailarinas que são, nem tiveram dificuldade. Encarnaram o Callithrix jacchus existente dentro delas e foram simbora!  Para o meu alívio, o time dos gordinhos que ia na minha frente desistiu desceu lá no ponto 9. Pensei comigo, "não serei a única" e fiquei aliviada... Mas eis que antes do ponto 9 tem muita coisa ainda, meu bem, e esta gordinha linda e sedentária que vos fala sofreu um bocadinho viu? Graças à ajuda e ao apoio moral do Thiago fui indo, fui indo, mas empaquei travei no ponto 7 e voltei do meio da porcaria da falsa baiana! 

Ai, onde eu amarrei meu bode?!!! Além de demorar e atrasar todo mundo, fiquei torrando naquele sol de meio dia e não honrei o time feminino das gordinhas (só tinha eu mesmo....). Pois é. Travei. Ou o meu psicológico travou? No tempo em que esperava o gatinho  André vir me "resgatar" eu pensei bastante sobre isso e cheguei à algumas conclusões que não cabem aqui, afinal o post é de arvorismo e não de autoreflexão e autocrítica. Quem sabe em outro post eu escreva sobre isto, hehe.

Essa é a Jani no terceiro obstáculo, a ponte sanfona.

Pronto! Daí o André me ajudou e passei pelo sétimo obstáculo. Mal sabia eu que o próximo era pior. Um misto de todos que já havíamos passado e mais um pouco de tortura! No final tem só uns toquinhos minúsculos de madeira e pra finalizar são 3 passadas só na cordinha. Pqp  putz grila, viu? Mas que vexame, Tieme. Ao menos eu tinha o apoio moral do gatinho André rsrsrsrs. Lá de baixo o Zulu falava "desce ela daí, André", e o André falava, "não, ela consegue"... E daí depois de muito tempo e muita paciência dele e da galera que estava atrás de mim (tenho certeza que estavam malhando de mim) eu consegui finalizar. 


Na hora do aperreio, meu amor, a gente se surpreende! Afe! Mas também minha única opção era terminar aquela porcaria simples atividade a qual eu tinha me candidatado a participar. Afinal, que nem o André disse, "é mais fácil você terminar do que eu descer você daí". Pois, terminei e desci na cadeirinha, no posto 9, aumentando o time dos arregões gordinhos. Olha, o Zulu tem que ter força viu, pra resgatar os pesos-pesados-molengas heauheuaheauheau. 

Daí foi só alegria! Esperar o restante do pessoal terminar o circuito (puxa vida, sou mesmo uma molenga!) para iniciarmos os preparativos da descida na tirolesa. Nessa hora eu só pensava na cerveja gelada que eu ia tomar depois heuaheuaheuaea. Gorda sedentária assumida mesmo. E daí? Una!

Olhaí a gente na última plataforma, antes de começar a descida na tirolesa.

Lá vai o palhaço Noel!

E então, foi só sentar e curtir!  Na cadeirinha, minha gente! Vocês, heim? Muito, mas muito legal, a tirolesa! Eu, que não consegui ir no Rock in Rio por causa da fila gigantesca, fui agora depois do vexame da única arregona empacada na história do arvorismo potiguar (kkkkkkkkkkkkkkkkk nada como um drama piada pra melhorar o post). Pena que acaba rapidin. Mas com essa turma, pode ter certeza que a diversão não acaba não. 

Zulu e eu, prontinha pra descer na tirolesa!

Lá embaixo, enquanto esperávamos o restante do pessoal descer, o Noel, que não perde uma oportunidade de tirar onda, ficou junto com os outros meninos gritando "freia, freia, que tá sem colchão"!!! Piadinha interna referente ao modo de parar, que segundo nosso guia Zulu, teria um colchão numa árvore em que iríamos bater para parar. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Foi muito divertido!

E, depois da caminhada de volta, uma cerveja bem gelada! Almoço e banho de mar perfeito e pra finalizar um sorvete delicioso na Gelateria Preciosa!!! Esse eu recomendo com força! Fiquei até com vontade de tomar agora....

Olha, mesmo depois do vexame, do bronzeado estilizado de regata e short, dos hematomas nos braços e das dores nas pernas e nas mãos, eu recomendo a todos este tal de arvorismo. 
Que nem o Thiago falou, é "autosuperação". E, como eu respondi pra Pri que vinha depois que eu, num teste de paciência infinito, a pior parte é você mesmo. 


Uma bela oportunidade de reflexão e autoconhecimento aliada à diversão, natureza e aventura. Pra quem tem medo de altura também é ótimo, pois é uma ocasião boa para se vencer este medo.
Eu não venci alguns aspectos que eu descobri em mim, até porque nem sabia que os tinha. Mas os descobri e é isto que importa.

Se eu faria de novo? Sim, faria sim. Não sei o arvorismo, preciso melhorar em alguns pontos... mas na tirolesa eu vou linda! Vamos???

Uhuuuuuuuuuuuuuuuuu

Postado por: Tieme Sousa


Para saber mais: Pipa Aventura